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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

CADA UM TEM O QUE MERECE

Ontem liguei para o meu grande amigo César Casara (diretor dos Estúdios Alta Voz, Caxias do Sul, Continente de São Pedro) que está responsável pelo Martín Fierro até eu voltar pa' Caxias:

- César, tem como me enviar umas coisas que estão lá na minha sala?
- Claaaaro! Qualquer coisa!
- Anota aí!
- Fala!
- Multicabo, caixa que contém a placa de som e meu HD e um dos meus prés.
- Anotado.
- Tem como mandar isso até o final da semana e tal?
- Claaaro
- Blablabla
- Blablabla

Hoje, no msn:

- Márcio, tá tudo certo com os ensaios lá no estúdio?
- Tâmo ensaiando no César...
- Tá... mas aconteceu alguma coisa?
- Ele não sabe onde enfiou tua chave.

De fato, agora a frase que mais devo ter repetido nos últimos 2 anos, calça como uma luva:

CADA UM TEM O QUE MERECE.

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Vida Loca (parte 1) - Racionais MC's
Vida Loca (parte 2) - Racionais MC's
Amor Porteño - Proyecto Gotan
Barrio Sur - Tanghetto
Vamos passear no parque - Racionais MC's

ps: sim, a obra continua...

domingo, 22 de fevereiro de 2009

CUARTETO OBRERO

Muito já se falou sobre pedreiros - e nunca algo positivo - mas eu gostaria de deixar uma retrospectiva do trabalho (gargalhadas) dos mesmos:

Dia 1: não foram
Dia 2: foram e levaram 3 horas pra colocar aproximadamente 100 tijolos.
Dia 3: não foram
Dia 4: faltaram
Dia 5: foram e trabalho rendeu: metade do que deveria ter sido feito, parede em S, serviço taião e tijolos em posições desafiadoras às leis da física, matemática, química e filosofia clássica.
Dia 6: não apareceram
Dia 7: um pedreiro foi, fez corpo mole o tempo inteiro, e, quando avisado de que só receberia um adiantamentozinho pro carnaval caso terminasse pelo menos 3 paredes, efetuou o serviço em tempo recorde. Qualidade do serviço nível Brasil.
Dia 8: ------------
Dia 9: ------------
Dia 10: -----------

...

Meu Deus, EU ODEIO PEDREIROS!

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Racionais MC's - Tô ouvindo alguém me chamar
César Oliveira e Rogério Melo - Linguagem Pátria de um povo
Racionais MC's - Vida Loca
Amy Winehouse - Rehab
Lily Allen - The Fear

Pensamento da semana:

Champignon é o Flea do baixo orçamento.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

EU SOU UM ANIMAL

Muito já se discutiu sobre minhas atitudes truculentas. Mas ontem eu perdi - mais uma vez - o limite que separa a vida inteligente da vida orgânica: consegui brigar (novidade) com uma guria que é muito importante pra mim, alguém que se tornou uma baita amiga e que eu vou sentir falta se não nos falarmos mais.
Como eu sou um ignorante, grosso e meio burro, não vou pedir desculpas! E tenho dito.

No momento era isso. Amanhã, ou depois, certamente terei assuntos novos para postar como: a briga que consegui provavelmente arrumar com minha editora por motivos de a corretora ter palpitado no meu jeito de escrever; a obra interminável do estúdio novo aqui em São Paulo.

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Estilo cachorro - Racionais MC's
Quem você é - Activa
Te dizer - Victtoria
Tonight - Victtoria
Empty place - Victtoria

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

...SOBRE A FORMAÇÃO DA REPÚBLICA

Costumo dizer para meus amigos do Brasil (e daqui também, pois a aura da ignorância e da ramelação é geral) que a formação do Rio Grande do Sul é completamente diferente da imagem passada pela mídia e pela opinião da claque.
Segue causo para ilustrar o que tento explicar...
É um pouco extenso PARA O PADRÃO blog, no entanto recomendo a leitura.

E tenho dito!


Tirado do blog Gaudério Online, ótimo reduto para se baixar música gaucha completamente fora de catálogo.

Existe uma importante incidência da cultura negra na literatura rio-grandense, e este tema provém, em última hipótese, da abundância do material folclórico que as populações africanas herdaram de seus antepassados.

No tempo da escravidão, no Rio Grande do Sul, era comum a fuga de escravos, e os que fugiam, arriscando a própria vida, ficaram conhecidos como “caiambolas”.

Conta-se, que durante este período, em uma grande fazenda nos Banhados, município de Santa Maria, começaram misteriosamente a desaparecer coisas. Entretanto, sempre ficava um presente em seu lugar. Algo bem rústico ou artesanal era deixado como troca como: balaios, esteiras, potes de barro, enfeites de pena, etc. Nestas circunstâncias, o que realmente ocorria era uma troca e não um roubo. Esta diferenciada atitude, despertou a curiosidade do povo.

-“É incrível!”, diziam todos.

O imaginário popular passou então a fantasiar em torno do caso. E tal mistério logo foi associado com o demônio. A princípio, o povo não tocava nos objetos, temendo serem artes do diabo ou por achar que estivessem enfeitiçados. Mas, como o passar do tempo, verificando-se que as esteiras e os balaios não faziam mal a ninguém, muito pelo contrário, eram muito úteis, a prevenção desapareceu, chegando ao ponto de algumas pessoas deixarem à noite, em frente de suas casas, facas, tesouras, cordas, na esperança de que fossem trocadas por uma esteira ou balaio. Durante muitos anos estas transações ocorreram com muita naturalidade, pois já haviam perdido o cunho sensacionalista.

Em certa ocasião, andando a melar escravos na mata virgem, que no centro de uma floresta, próxima de Banhados, elevava-se espiralando uma tênue nuvem de fumaça branca. Curioso e procurando desvendar o enigma, um preto galgou a copa de uma árvore gigantesca e lançando seu olhar em direção de onde saía a tal fumaça, descobriu uma clareira em meio a mata espessa, em a qual, um negro se entretinha a preparar uma carne nas brasas.

Descendo, comunicou aos companheiros a descoberta. Foi então que resolveram capturar o negro, que logicamente, acreditavam fugido. Armados até os dentes, fizeram o cerco ao desconhecido e, avançando cautelosamente, caíram sobre ele, subjugando-o, apesar da resistência oposta pela vítima.

Era um negro de proporções avantajadas e de aspecto medonho, em razão do cabelo emaranhado e pêlo irsuto que lhe cobria o rosto, onde os olhos cintilavam como brasas. Cobria-lhe o peito e as costas uma couraça de pele de quati costurada com cipó e, presa aos quadris, uma espécie de tanga de pele do mesmo animal.

Levado até a fazenda, foi chamado de Pai Quati em razão de apresentar tão estranha indumentária. Entretanto, nada mais foi possível saber dele, pois não compreendia a língua portuguesa.

Foi então chamados alguns escravos que haviam nascido na África, para que pudessem compreender o que Pai Quati tentava dizer. Fianalmente o contato foi estabelecido e descobriu-se que o estranho era de Moçambique. Explicou-se deste modo, o mistério das esteiras e dos balaios.

O caso era o seguinte:

Tendo o negro chegado ao Rio Pardo, em uma leva que seria vendida em um leilão, conseguiu ele evadir-se e, atravessando rios, precipícios e banhados, lutando com feras e as intempéries, alcançou a salvo Banhados, onde, dentro da mata virgem, armou sua choupana e vivia recluso.

Como era um homem de boa índole e muito honesto, não queria se apropriar dos utensílios de que precisava, nem da carne que comia quando não conseguia caça. Assim, perito em manufatura de cestos e esteiras, meio de vida que o sustentava em sua terra, trabalhava, durante o dia, arduamente na fabricação de tais objetos, para, na calada do noite, misteriosamente, trocá-los por tudo aquilo que achasse à mão e que pudesse ser útil.

Não demorou muito para que a comovente história do Pai Quati, correndo de boca em boca, enchesse a redondeza. Logo, todos passaram a admirá-lo. Uma auréola glorificadora circundou sua fonte negra, compensando-lhe os dias de amargura. Como era um homem livre, foi contratado para trabalhar como peão em uma fazenda. Entretanto, quando a saudade apertava, abandonava tudo e voltava a viver no mato, caçando quatis.

Morreu de velho, passando quase toda sua existência solitário, mas acalentado pelo seio da floresta.

O negro marcou e marca presença em nossa história, religião, geografia, língua, artes, esporte e política. Braços bravios de ancestrais negros lutaram em guerras que não eram suas, saindo da clandestinidade para tornarem-se uma presença consciente e símbolo de orgulho e esperança de sua raça. Sua contribuição para construção de um Rio Grande do Sul forte e livre deve ser sempre relembrada e agradecida por todos nós.

Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto

Lendas do Rio Grande do Sul - Dante de Laytano - Publicação Estadual de Folclore do Rio Grande do Sul; RJ; 1956

Mitos e Lendas do Rio Grande do Sul - Antonio Augusto Fagundes; Martins Livreiro Editor

Estórias e Lendas do Rio Grande do Sul Barbosa Lessa; Gráfica e Editora EDIGRAF Ltda; SP

Topo do playlist:

Tonight - Victtoria
Baile de fronteira - ?
Potro sem dono - Os teatinos
Milonguero del ayer - Yamandú Costa e Lúcio Yanel
Ritual de morte e manada - Lisandro Amaral

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

PRÓXIMOS 2 MESES

Malandragem: devo viajar mesmo dia 16/01, de novo pra SP.
Posta tal realidade, segue lista de avisos, na ordem do dia:

1 - Dos ensaios

1.1 - Quem ficará responsável pelo funcionamento dos mesmos é o César Casara do Estúdio Alta Voz;

Adendo: sim, os ensaios serão no Martín Fierro

1.2 - Os ensaios dos mensalistas continuarão no mesmo esquema;

2 - Das gravações

2.1 - Se quiser fazer comigo, comece a marcar com antecedência. Devo voltar em 2 meses, mas fico pouco tempo de novo

2.2 - Caso não puder esperar, fale com o César

3 - Das relações pessoais

3.1 - Não vou aceitar e-mails e afins com frases do tipo: "Bah... tu já viajou... deveria ter me avisado..." sob a famosa pena de EXCLUSÃO AD AETERNUM.

Abraço, meus queridos!

Topo do playlist:

Ritual de morte e manada - Lisandro Amaral
Don Atahualpa - Joca Martins
Estrela de luz - Joca Martins
Razões de ser - Lisandro Amaral
Al tranquito de Monona - Lúcio Yanel

Pensamento da semana:

Froner é compositor de Califórnia

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

ALTA VOZ - RESENHANDO VOCÊ HASTA LA MUERTE

Conversando com o Breda numa dessas madrugadas infindáveis de resenhas, mates e Winning Eleven - jogando Copa do Mundo com a Nigéria e gritando: "Vai África", "Ai, dotô" e afins, conclui que deveria escrever sobre a RESENHA.

Resenha, no dialeto ALTA VOZ significa jogar na cara do amigo tudo aquilo que ele JÁ SABE QUE FEZ MERDA (sic) e odeia lembrar.

Vale também para tecer sugestões sobre a conduta do próximo, quando o próximo não está nas cercanias.

Segue diálogo explicativo:

Eu: Fulano parece um viado com aquele topete EMOCORE
Breda: Aham... (sorriso de Filho da Puta)
Eu: Daqui a pouco tá andando de Mitsubishi vermelha e dando o rabo pra traveco...
Breda: (sorrindo e esperando juntar gente por perto) Que que tu tá falando? Tocava em banda EMO!
Eu: (alterado) CARA, EU FIZ UM SHOW!
Breda: É, mas tocou e tirou foto pra cartaz e tudo o mais...
Eu: CARA, EU TIREI FOTO NORMAL E TOQUEI COM UMA CAMISA PIRATA DO VASCO DA GAMA, pra mostrar que não sou EMO!
Breda: É... mas tocou... tocou e ainda por cima afinou o bordão em RÉ...

Não tive argumentos.

Mas vai ter volta, Breda... ah, vai...

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La cara de Pedro - Lúcio Yanel
Te dizer - Victtoria
Taquito Militar - Yamandú Costa
Tanguinho Aquele - Tangos y Milongas
Te dizer - AFARSA

Pensamento da semana:

Tem camioneta com película e tem empresa? TRANSA TRAVECO!